Mechanic Vision

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Após o fim da banda de melódico-progressivo Darkstorm no 2º semestre de 2003, o ex-vocalista da mesma, Rosan Chaves (Sedna) deu início à um projeto visando realizar uma proposta que havia tomado forma desde o Darkstorm- formar um grupo de metal progressivo. Rosan conhece então o baterista Hebert e se impressiona com suas habilidades. Em agosto de 2003 decide convidá-lo para participar do projeto e em seguida convoca o guitarrista e vocalista Leon Pio (ex-Darkstorm). Este, encarregado de encontrar um baixista, outro guitarrista e um tecladista, chama para o baixo Jossan Petrenko (ex-Magic Tempest), para a guitarra Maykon Sauder (Chilli Mostarda) e para o teclado Dionísio Neto (ex-Rhuana).

Com o decorrer do tempo, nas reuniões e nos ensaios, a banda começa a ajustar a sua proposta. Têm-se então a idéia de dividir o repertório entre músicas cantadas e instrumentais e restringir o repertório ao metal progressivo puro, com raras exceções. Esta decisão desagrada o vocalista Rosan, que abandona o projeto. Em seguida assume o vocal Leocadia Saes (ex-Lightning Spell).

Por problemas de entrosamento, outro membro abandona o projeto: Hebert é substituído pelo baterista Alan Sérvio (Sedna). Por problemas para vir aos ensaios, Dionísio Neto é substituído por Rodrigo “Camachinho” (Sedna). Este, por falta de interesse, também abandona o projeto e Dionísio Neto volta ao teclado. Após este vai-e-vem a banda tem sua 1ª apresentação no blecaute em agosto de 2004. Após outras duas apresentações o guitarrista Maykon Sauder sai da banda e o grupo passa a ter apenas uma guitarra na formação. Em novembro de 2005 Alan Sérvio deixa a banda e é substituído pelo baterista Cláudio Júnior Custódio (ex- Zagaia). A banda começa então à ensaiar com o teclado programado, por não dispôr mais de tecladistas, e recebe um novo guitarrista: Luciano Campbell. No entanto, após um ano de preparo do novo baterista, a experiência novamente não dá certo e, após 5 shows, Cláudio Júnior deixa a banda. Por falta de opções, a banda, ainda com 4 componentes interessados na continuidade do projeto, não vê alternativa senão lançar mão da tecnologia disponível na época atual e partir para uma solução extremamente radical: programar também a bateria, tocando, portanto, sem baterista nos shows.

Em suma, nos 4 anos de existência do Mechanic Vision pode-se considerar como aspecto marcante a obstinada perseverança dos membros fundadores- Jossan e Leon, para driblar os graves obstáculos e manter ativo um projeto que tem por natureza uma característica peculiar: ser a primeira e, até hoje, única banda mato-grossense dedicada inteiramente ao metal progressivo. Entre as dificuldades que a banda tem enfrentado, destaca-se a extrema escassez de instrumentistas de alto padrão na cidade, e que ao mesmo tempo se interessem por este estilo de música que é, sem dúvida alguma, o que mais exige dos músicos dentro do rock e heavy metal.

Release
Por Leon Pio

“Minha única ambição de músico foi e será lançar meu dardo nos espaços indefinidos do futuro. Que o artista do futuro tenha como meta não ele próprio, mas algo exterior a si mesmo” - Franz Liszt

No seguinte momento, a música a nível mundial passa por transformações as quais são praticamente impossíveis de se acompanhar integralmente em tempo real. O heavy metal não está fora desta realidade. É, portanto, um profundo desejo de trazer estas transformações ao cenário musical mato-grossense que guia o grupo MECHANIC VISION, além do inconformismo latente perante a escassez de grupos de música pesada que trabalhem conscientemente com os elementos da vanguarda da música na nossa cidade e no nosso estado.

O repertório do Mechanic Vision baseia-se em heavy metal progressivo cantado e instrumental, além de música pesada em geral. Interpretando obras consagradas de artistas e de grupos como Dream Theater, Rush e Khallice, o grupo procura transmitir uma mensagem de sabedoria através da música unindo o peso e a vitalidade do heavy metal, os arranjos cerebrais da música modernista e contemporânea e a psicodelia da música livre mundial.

Formação: Leocadia Saes (voz)
Leon Pio (guitarra e voz)
Jossan Petrenko (baixo)
Cláudio Júnior (bateria)
Luciano Campbell (guitarra)


Perfis


Jossan Petrenko
Por Silvio Caldas

Jossan Petrenko já atuou em diversos conjuntos em Cuiabá, entre eles o Lightning Spell e o Magic Tempest. Toca atualmente com o Antrochaotic, é o ideólogo e um dos líderes do Mechanic Vision. Em ambas as bandas onde atua, Jossan explicita suas influências da música instrumental mundial, demonstrando elementos de Arthur Maia, Marcus Miller e Victor Wooten. Jossan incorpora o Mechanic Vision com pegadas do jazz, fusion, música brasileira e o compromisso de colocar definitivamente o metal instrumental no circuito matogrossensse.

“Metal Progressivo é levar a musica ao horizonte do conhecido e desconhecido”


Leocadia Saes
Por Silvio Caldas

Leocadia vem chamando a atenção atualmente como a que é, praticamente, a vocalista de metal mais competente de Cuiabá. Dona de um timbre marcante, uma voz poderosa e de uma técnica exemplar, Leocadia impressiona aqueles que se deixam levar pelo seu aspecto tímido. Em um ambiente predominantemente masculino, Leocadia representa a força das mulheres entre os vocalistas de metal, tendo atuado anteriormente em bandas como Lightning Spell e atualmente no Proto Cosmos Project. A música apareceu em sua vida através de grupos como Angra, Symphony X, Dream Theater, Nightwish e compositores como Heitor Villa Lobos, entre outros. Foi pela influência de vocalistas como Bruce Dickinson, Alanis Morissette e Floor Jansen (After Forever) que trilhou seu caminho como cantora.

“A música é a forma de arte mais instigante criada até os dias atuais. E dentro desta o metal progressivo vem a se encaixar como uma vertente, vindo a usar em sua composição uma ampla dissonância em termos de sonoridade, sendo considerado ‘metricamente’ consonante com relação a outros estilos, possuindo assim uma essência formada por elementos de estilos diversos”.

Leon Pio
Por Silvio Caldas

Para os freqüentadores do cenário metal cuiabano, Leon Pio não é nenhum estranho. Participou de várias bandas de vital importância na cena. Em 2000 ingressou no Lightning Spell, primeira banda com repertório exclusivamente de metal melódico da cidade e também a primeira a tocar Yngwie Malmsteen. Leon Pio se popularizou através da famosa Darkstorm, banda que sacudiu o cenário cuiabano numa linha melódica-progressiva e fez história.

Músico profissional, regente e professor de música formado, guitarrista profissional, vocalista, compositor, transcripter e arranjador; participa atualmente, além do Mechanic Vision, do grupo de death metal Antrochaotic e se apresenta individualmente em recitais, workshops e workshows, tendo sido atualmente convidado à fazer 3 apresentações no Japão. Além disso, escreve artigos e colunas sobre música. Algumas delas estão no site www.undergroundcuiaba.com.br.

“O heavy metal é uma escola; melhor, uma universidade. Sendo assim, creio que o progressivo é uma pós-graduação. Nenhum estilo de metal exige tanto do músico quanto este. É preciso conhecer outros tipos de música- erudita, fusion, jazz, country, folclórica, new age, eletrônica, bossa, choro- Quem só ouve e toca metal, dificilmente soará progressivo”.

Luciano Campbell
Por Leon Pio

Luciano Campbell é o mais novo membro do Mechanic Vision. Possui profunda experiência musical, já tendo atuado em bandas em São Paulo. Graduando em música, exímio guitarrista e compositor, profundo conhecedor de música de vanguarda e de timbragem.

Por um tempo permaneci profundamente desiludido com os guitarristas, em parte por minhas experiências ao longo dos anos e em especial devido ao antigo guitarrista da banda. Ao conhecer o Luciano tive de mudar minha convicção a respeito de permitir um segundo guitarrista no Mechanic. De fato, precisei me render aos talentos deste músico promissor, e cada vez mais ele vem provando que desta vez não errei em meu julgamento. Creio que este novo integrante ainda tem muito a contribuir com o grupo, e não somente por ser um grande instrumentista e compositor.

Mais que um estudioso da música, ele tem feito a diferença por ser um aplicado estudante do som e retransmissor de hábitos que infelizmente haviam se diluído ao longo destes anos de ensaios e shows, reavivando a filosofia essencial da banda: disciplina, sabedoria, sede de conhecimento e prazer em fazer boa arte, fazer boa Música.


A banda em 2008

Leocádia, Jossan, Luciano e Leon (2008)

Campbell, Jossan e Leocádia (2008)

Leocádia e Leon (2008)

Campbell, Jossan, Leocádia e Leon (2008)